O frigorifico Nova Carne instalado em Nova Xavantina, ingressou com pedido de RECUPERAÇÃO JUDICIAL perante a 4° Vara Cível de Rondonópolis – MT , alegando uma sequencia de ocorrências negativas que ao longo do tempo estão inviabilizando as atividades comerciais da empresa.
No pedido a justiça, o documento narra que as atividades do frigorifico vinha se desenvolvendo bem, desde janeiro de 2.011, quando se instalaram em Nova Xavantina com suas atividades de abate de suínos e bovinos, na época frigorifico Imperial, até que em março de 2017, ” A OPERAÇÃO CARNE FRACA” deflagrada pela policia federal, a qual investigou as maiores empresas do ramo: JBS dona das marcas Seara, Swift, Friboi e a BRF, dona da Sadia e Perdigão, acusadas de adulterar a carne que vendiam nos mercados interno e externo acabou sufocando as empresas do Setor Frigorifico, criando, assim, grandes dificuldades comerciais para as pequenas e médias empresas e este cenário afetou o FRIGORIFICO NOVA CARNE.
Não bastando isso, o subproduto couro, produto potencialmente comercializado pelas empresas devedoras, sofreu redução de preço em quase 50%, o que abalou ainda mais o caixa do frigorifico. E seguindo neste cenário negativo de 2017, houve uma queda brusca no preço da arroba do boi.
Em maio de 2018 a ”greve dos Caminhoneiros” paralisou os abates. Uma vez que o gado não estava chegando no frigorifico e o que havia na região estava com preço inflacionado, para não suspender o processo industrial, as empresas tiveram que recorrer a obtenção de outras fontes de recursos, contratando empréstimos bancários com juros de cheque especial a 14% ao mês para arcar com os altos custos do gado disponível na região, evitando a paralisação geral das funções e demissão em massa de funcionários.
Savio Carvalho frisa também que há um ano atrás uma arroba de vaca custava 140,00 reais, hoje custa 280,00, um aumento de 100% dentro do período de um ano, valor considerável para quem “mexe com 3 mil vacas/mês, investindo cerca de 4 milhões e que passou a ter que investir 12 milhões, sem a empresa ter este capital de giro, que passou a obtê-lo com dinheiro de factoring, agiotas, troca de cheques, etc.
Citando também como fator determinante o momento de recessão que vive o País em meio a Pandemia. Savio Carvalho não viu outra alternativa legal á não ser ingressar na justiça pedindo a recuperação judicial para continuar trabalhando e garantindo o patrimônio ativo para pagar as dividas.
Em entrevista ao repórter Ney Weliton do Site Alô Xavantina, o empresário finaliza dizendo que a recuperação saiu mês passado, fevereiro de 2021 e que agora é hora de “alinhar” os pagamentos dos credores junto a empresa.
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